quinta-feira, 8 de novembro de 2012

A estampa, o tecido e as diferentes épocas

Já ha tempo que nao ando por estes lares, pronto, realmente o trabalho, Deus seja louvado, estivo a manter-me longe das afiçoes e para ser realistas o tema analitico que estaba a tratar esqueceuse-me um bocadinho, prometo recuperá-lo em quanto encontre de novo o livro que estava a comentar pois continha uma analize singela, quase pueril mas efetiva da evoluçao iconográfica dos motivos de leitura de um tecido em os ultimos 400 anos, neste nomento vou adicar um espazo reduzido mas espero que proveitoso e assim retomar um bocadinho o caminho deste blogue que tinha algo esquecido. No que respeta ao que falamos ou pretendemos tratar agora o campo é muito complejo e até poderiamos dizer que dificil de abarcar numa soa comunicaçao, ainda que goste del e pretenda continua-lo num futuro nao éminha ideia começar uma entrega por capitulos neste momento. O certo é que o pintado e a estampa a posterior sempre estiverom ligadas co tezido, for primeiro uma e este copiado dela ou ao reves, nao quero agora parar-me na que sei conhecia amplia coleiçao de miniaturas tanto dende o mundo alto medieval como até o moderno onde sao estas o unico referente que muitas vezes nos queda de certo tipo de modas e tecidos proprios de cada momento assim como elementos decorativos, mas interesante me parez o nosso mas reduzido patrimonio na Galiza onde as colgaduras e os teitos e cortinagems muitas vezes se substituiam por pintura em taboa ou ao fresco por ser esta de maior duraçao e menor cuidado e sobre tudo pelo seu prezo, precisamente centrarei-me nos brocados de tres altos ou brocados italianos dos que ja falamos e mas falaremos no futuro. 
   Muito se fala de uma constante recuperaçao de motivos e estruturas textis na igreja, mas melhor, acho eu, seria falares duma permanente recuperaçao de tecidos esquecidos, arrincoados ou com diferentes usos á sua nascença, começare-mos coa igreja de Santa Eulalia de Pascais em Lugo, seu retabulo maior esta no Inventario de patrimonio artistico desta provincia catalogado como barroco, bem pudera ser assim e o certo é que muitos dos meus antiguos leitores e leitoras estao mas capacitados para o reconhezer ca mim, cando menos segue tudo o que aprendimos como escolantes, colunas torchadas com racimnos de uva, dourados e profuso corido etc. Faz desconfiar um bocado a imagem principal de santa Eulalia, que francamente nao considero como tal, mas bem parez uma imaculada, atéo século XVII nao se estaveleçe definitivamente sua iconografia mas julguem por voces a semelhança, a da dereita é do século XVI da catedral de Granada

   Pode que topemos algo de semelhança nao é?, o angelote no centro da lua recordo do recente plateresco, e no nosso casso a coroa e a murada cara o ceio que parez mezclar diferentes advocaçoes em um momento de confussao, tanto a coronaçao  e  como a pureza e virginidade, vamos de Santa Eulalia nem froles....assim como um ligeiro esquema de collage no retabulo, onde a predela ou mensula da Imaculada é renascentista e os quatro evangeistas parezem estar pegados numa taboa ao geito para eles, mas nao é de estranhar este comportamento pois muitas imagems de devoçao, por nao entrares no martirologio ou estar em dudas no momento da refactura do retabulo anterior trocarom de nome algo ás vezes de atributos e camuflarom sua primitiva imagem para nao avandoar a igreja que as vira nasçer., para mim é uma fermosa imaculada de mediados do século XVI; mas este nao é problema, quando arranjaram para ela o novo retabulo cabe pensar que tomaram do anterior a predela e algum elemento rechamante que pudera ser utilizado, mas o espazo onde foi colocada, excepto que tudos os elementos barrocos sejam postizos, nao seria a primaira vez, parez original do retabulo e do século como mui cedo mediados do XVII, mas neste caso temos a enorme sorte de presentar-se como fondo da imagem um modelo de tecido brocado do quiqueccento nao so conhezcido senao comum,  pero vejam pois a imagem em questiao

Uma fermosura, nao é?, e quem posse conheszendo um bocadinho o arte textil do XV e XVI da Europa nao reconhescer esos motivos em losange com froles mas ou menos logradas de granado separados por coroas?, e um dos esquemas mas comuns que podemos atopar se tecleamos no google XVI century brocade, um egemplo pois.

Datado neste caso no 1520, bem pois que foi primeiro o ovo ou a galinha, copiarom dum elemento de cortinagem prexistente na igrexa durante o XVII ou realmente o que vemos é obra do XVI?, tudas estas dudas quedam a cargo de muitos expertos e expertas em arte moderno que sei considerarao gorentosa a ideia de desenhos goticos num retabulo barroco, mas nao cabe duda e gera-la seria uma tonteria , pois realmente neste caso son esquemas de curta duraçao, çerto é que logo da apariçao do Jackard e sobre tudo no S. XIX em tempos romanticos re retornou a tudos estes modelos tardogóticos, mas este nao é o casso, este é nosso primeiro egemplo mas outros haverá e tudos de edificaçoes rurais se me for possivel, obrigado pela vossa atençao

terça-feira, 11 de setembro de 2012

continuaçao

Mas vale tarde que nunca, e aqui estamos de novo para continuar com a analise descritiva e intuitiva dos motivos desenrolados num campo de tecido segundo o livro já citado, antes do Jackard, (algum dia veremos como diferenciar um tecido Jackard dum manufaturado de tear) antes de continuar, e tendo em conta que deixamos este capitulo nos modelos mozárabes e muslines baseados na simetria tanto global e integral como particular, convém que façamos um pequeno parêntese para amossar e quando menos aclarar os termos principais que estamos a usar, para elo tomaremos uma fotografia dum brocado de três altos do século XVI ampliada 400x e na que por suposto, perderemos, sem poder evita-lo parte da vissao global do mesmo mas espero que coa costume que suponho já terão desenrolado não se lhes vai fazer complexo entender os termos dentro do seu tudo.

Cada parte corresponde a um resultado final que em vissao geral aporta-nos algo tanto como assim.

Bom, após este parêntese meramente ilustrativo, imos logo de novo a analisar os motivos que sob o campo se distribuem, como e com que origem.

Coa chegada do gótico a Espanha chegaram também as tradições italianas de origem bizantino e por o  tanto oriental, resulta dificil concretar se os primeiros veludos com brocado em rama de árvore e motivos circulares são de origem local ou de influência externa pois realmente esta é a mesma em muitos casos, Estes Veludos mantenhem-se como moda principal até bem entrado o século XV e perduram parte do XVI a conviver com estruturaçoes mas renascentistas e menos arabizantes (sirva a palavra) . Exemplos temos multitude tanto em restos de ternos eclesiásticos ainda conservados (os menos) como em pintura flamenga europeia ou espanhola

Estes desenhos parcialmente asimetricos, mas onde a assimetria verá-se unicamente no particular e não no global, trunfam desde  o S. XIII nas suas postrimeirias até o XVI, também contemplamos o desenrolo do bordado espanhol, em metais e sedas presente nos escapularios e nos faldoes e boca mangas do que já teremos tempo de falar ao presentar elementos originais, que ao estar em privado poderemos estudar mas a detalhe, o jogo entre ouros e veludos cortados como e costume de se lhe chamar resulta muito comum nestes tempos e podemos ver mostras desde em retratos da corte dos RR CC até em pintura dos irmaos Van Eick. Desde logo o século XIV marca o seu momento de esplendor e o XV as datas em que começam a tomar elementos orientais como a anana ou a granada.
Muito se tem falado da falta de esquema matemático na distribuição dos motivos no campo destes textiles, motivos que parecem não ver-se encerrados por nenhum tipo de caixa e continuar indefinidamente a modo de lineais ramas de árvore ou matoso, algo nos tinha adiantado a sedaria mourisca duma próxima desconexiao dos elementos que conformam o campo, mas sempre mantendo uma simetria fácil de considerar, neste momento poderíamos até ver uma carência dela, semelhando-se mas ás composiçoes  barrocas portuguesas do século XVII que ás que rematabamos de deixar umos anos atrás. Pela minha parte não estou de acordo com tal pronóstico, pois simplesmente estamos a olhar uma imagem mas genérica do que para um mundo em transformação seria a geometria, se consideramos descompensados os motivos que podemos contemplar, também deberiamos fazer o mesmo com os pilares e baquetoes das catedrais góticas que são não mas que reproduções em plano das nervaduras que conformariam as complexas vobedas de cruceria, e os mantos de cortina de coberturas e lumieiras de portas, assim as agulhas de um gótico radiante caminham já não como resultado de remates decorativos de complexas estruturas sustidas por não menos complexos calculos matemáticos, senao como simples jogos de envelecemento dum arte que já estava a ser dominado por completo e so requeria dum requintamento proprio do barroco após do renascimento. As sedarias tardo mozárabes em veludo cortado e ouro não são mas que os vitrais dum ejercicio supremo de arquitetura textil, que pronto tornaria a sua vista ao desenho de motivos decorativos lavrados, como o faria o manierismo e o plateresco na Espanha, esquecendo a ainda sobriedade e equilibrio dum gotico final.

sábado, 25 de agosto de 2012

Analise da evoluçao de motivos

A traves do livro "Catalogo de la esposicion de tejidos españoles anteriores a la introduccion del Jacquard 1917". Resulta bastante frequente que em obras de certa antiguidade topemos padraos singelos, produto de cote da falta de estudo dos elementos presentados, pêro que simplificam os que actualmente utilizamos e que já há tempo enredamos posse que em demasia. Neste caso falamos dum catalogo com poucas paginas introdutoras, eso sim feitas por Pedro de Artimaño, provavelmente uma mas dos poligrafos que a primeiros do século pasado, produto do seu amplo pêro esqueto conhecimento de multitude de materias, observavam os universais com maior facilidade que nos, ademais estamos no apogeu das artes decorativas, assim em edifícios como Quintanilla de las Viñas, San Pedro de la Nave ou a nossa Santalla de Vobeda, estudava-se com esmero o significado e processo criativo de cada elemento decorativo figurado dele. Nao há muito tempo, e em consonância com este tema, topei na web um artigo muito interessante sobre Santalla de Vobeda, nele relacionava-se o ediculo romano a um primitivo baptismo de sangue oferecido a Mitra, a vissao do arqueólogo estava bem fundada e em absoluto perdia contacto coa realidade do espaço, considerando-a eu quando menos muito possível de ser certa, a analise estrutural de edifício concordava completamente pêro sem embargo, os motivos decorativos tanto de lavra como de fresco tomavam-se unicamente como necessidades para apoiar a teoria presentada deixando de lado os que resultavam complexos de estudar, e desde logo sem nenhuma capacitaçao histórico artística; este caso bem a ser o comum hoje em dia, namentres que os antigos arqueólogos pluridisciplinados (sirva a palavra) se empenhavam em encontrar significado ás gravuras taumatúrgicas do nartex de Vobeda hoje passam desapercividas case como se foram simples motivos decorativos, como se tivéramos que estudar o papel pintado das paredes da nossa morada.
   Assim pois este livro presenta o estudo da evolução dos tecidos de produção hispânica medievais e modernos elaborando um esquema básico e algo inocente pêro prático em definitiva á hora de datar muitos exemplos localizados de modo casual.
   Primeiramente presentasse-nos uma tipologia de tecidos que esta presente na alta idade media em toda a península, de clara procedência muçulmana e que se centra em três tipos de elementos decorativos diferenciados, por um lado os que repitem obalos seriados, com figuras antropomorfas no seu interior e até elementos vegetais tanto dentro destes como circundando-os a modo de nexo, também, seguindo uma distribuiçao geométrica podemos ver os tecidos conformados por figurações animais contrapostas colocadas em series de três ou simplesmente ao "tres bolillo" e por ultimo os panos que cobrem o seu campo com esquemas geométricos estrelados, romboidais ou quadrangulares, por o regular unidos entre si e mantendo uma geometria ordenada.


Devo recalcar que a qualidade das gravuras tanto as cromo litografias como as produto de fototipia é magnífica para o seu tempo, pêro como este livro pode consultar-se em PDF via web, limitarei-me a apresentar só um reduzido numero de exemplos, ademais podem comprovar que as imagens produto de fotografia sao, como nao em branco e preto.

Continuaçao

Por algum motivo no posta anterior não me colgou uma fotografia que entrava em relação coa micro fotografia do desenho que estudamos, por tanto repito-aqui sem mas comentários pois estes aparecem no anterior

Da capa encontrada no enterramento de Ximenez de Rada

Continuando pois com este têxtil de Budian, e em principio para rematar um apartado do seu estudo, compre que efectuemos uma leitura comparativa da figuração dele, principalmente do seu campo. Este tipo de textiles com uma urdime de quando menos 2 cabos e multitude deles para servir de trama não topamos mas elementos que o campo base, este si muito elaborado por as diferentes dispoisiçoes das linhas que o componham, incluso as formas vegetais estilizadas, quando pretendem obter efeito de profundidade ou sfumatto unicamente deixam que a linha ou as linhas que componheriam a parte em realce permaneçam mas soltas e após rizam levemente a sua torcedura para obter este resultado.

o que produz sensação de superposiçao, como vemos na fotografia arriba presente, cada linha difusa pode seguir-se até a sua de torzal, ainda que em algum caso seja complexo pela multitude que se entrelaçam.

Ata a chegada das maquinas Jacquard a medidos do século XVIII, os trabalhos de tear em seda, e sobre tudo estes que reflejam motivos de escala tão reduzida (cada rombo pode ter um centímetro em diagonal e 1.5 em perpendicular) unicamente perseguiam que o resultado a distancia fora simétrico, mentres que um estudo detalhado mostra as diferencias de tamanho de cada elemento, alem da falta ou sobro deles segundo a necessidade do autor para fazer eficaz a vissao geral. 

De cotio acostumava-se a tomar uma linha de perfil que identificara as figuras principais do plano, e esta linha soia tinguirse em preto sobre todo no período nazarí  central, a mediados do século XIII, de todos modos estas tinguiduras eram pouco resistentes e em muitos casos o motivo da destruçao da trama de proteína sobre a que se dispunha, Em outro post analisar-mos como os mordentes ácidos usados para certos tintes no XVII deijarom literalmente marcas recortadas sobre a teia ao descompor a celulose original, neste caso o destroço podia ser maior. 

Exemplos deste tipo temos alguns, mas em todos os conservados aparece o perfilado de cor, pode que no caso que nos ocupa também o houver mas não é seguro pois a microscópio não queda nenhum resto, olhem para os desenhos seguintes.

Por outro lado há multitude de prendas encontradas em enterramentos, que convinam o tecido de tapiceria ou brocado (entre aspas) com sedas mas finas e que seguiam a decoração de espiga em campo branco, estes casos unicamente acostumam a permitir que vejamos as composições mas complexas de varias cores e figuração própria de origem persa em ovalos preenchidos de animais reais ou fantásticos com elementos vegetais estilizados. O tratamento dos tecidos menos resistentes permanece em incógnita e apenas podemos oferecer restos que quedaram unidos a estas tramas coloridas


Outro exemplo do tecido anterior e um do uso da reticula em rombo em tecidos de tapiceria

Este pois seria o caso, quando se elaboram as partes de tapiceria (este termo pouco correto é o mas utilizado no estudo serologico contemporaneo para referir-se a sedas com decorações de cores variados e figuração) as brancas intermédias presentam relevo em espiga como podemos ver e no nosso caso ignoramos se estamos ante um intersicio ou ante um elemento completo de seriado.
São muitas as dudas que espero poda ir aclarando pouco a pouco e conforme assim seja ei-vo-lo comunicar, de momento imos quedar como hipótese de trabalho coa presente para logo afirma la ou desmenti la.




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Continuaçao do estudo da seda de Budian

Chegados a este ponto, e reconhecida a importancia e antiguidade do têxtil que estamos a analisar, compre dar-lhe um nome, assim que seguindo a imaginação típica dos historiadores do arte, ponheremos-lhe o nome de seda de Budian, pois ali apareceu, Pode que esteamos tratando com um cendal mas de momento os dados som escassos e apenas podemos concluir que é um tecido hispano árabe de entre os séculos XII ao XIII com uma urdime de aresta. Po-lo que respeita aos tecidos Hispano árabes ou mozárabes, os dados que podemos conseguir apenas ao produto dos tecidos recuperados de enterramentos da nobreza castela leonesa durante a repovoação. Espanha como peculiaridade separa-se da corrente europeia mais baseada em tecidos de linho com diferentes técnicas de adorno para desenrolar uma pujante industria de produção e elaborado de textis de seda. O caso que nos ocupa mantém um código de desenho típico do período nazarí a mediados e finais do século XIII, ainda que se desconhece se este tipo de aplicações, intercaladas entre tecidos de tapiceria mas a modo de brocado, puderam aparecer com anterioridade. Primeiramente mostremos uma reconstrução feita a mão do efeito do tecido completo para facilitar a sua leitura.



O esquema repetitivo e entrelaçado por rombos abunda em tecidos ligeiros utilizados para tocas femininas, camisas e até partes do interior de cadaleitos, neste caso, duma maneira não precisamente exacta no tamanho e disposição dos diferentes elementos, representa palmetas ou o também chamado árvore da vida, inscritas por linhas romboidales que se componham de franjas de bandas em relevo e pequenas quadriculas com tetrafolios no seu interior. O resultado procede dum tipo de tecido complexo denominado pano de aresta, há algum exemplo aclaratorio que presentaremos, mas até que não tiremos o padrão deste em particular o trabalho não estará rematado, e aseguro-lhes que nos vai levar tempo, como detalhe, mas bem como indicação podemos ver uma fotografia macro da trama e um tecido de linhas de ouro pertencente á capa do nobre Ximenez de Rada obtida do seu enterramento.
 Queda muito por andar ainda e no próximo post presentarei-lhes alguns exemplos similares e a possibilidade e actual perda de cor do tecido que conservamos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Diferencias entre brocado e brocatel

Com regularidade topamos amba-las duas palavras dentro de inventários eclesiasticos e privados do renascimento e o baixo medievo, mas se não temos contrato directo com eles, se não posemos tocar e olhar os tecidos em fotografia de cote só difíceis de distinguir. A sua definição segundo o dicionário da Real Academia da Língua Espanhola na sua ediçao de 1803 (tanto mas teria pois, simplesmente engadem logismos novos sob definições anteriores de termos antigos e já mas adiante, durante o século XX eliminam palavras em desuso) e a seguinte:

Brocado: tela de seda texida en oro o plata de varios generos, El de mayor precio es el que llaman de tres altos poque sobre el fondo se realza el hilo de plata oro o seda escarchada, o briscada en flores y dibuxos Tomo este nombre de las brocas en que estan coxidos los hilos y torzales con que se fabrica.

Brocatel: texido de yerba o cañamo y seda a modo de damasco de que se duelen hacer colgaduras

Damasco: tela de seda bastante doble con dibuxo de uno o de varios colores se hacen de ella comunmente colgaduras de cuartos y camas. 

Escarchar: rizar o encrespar

Briscado /Briscar: se dice del hilo de oro o plata que se mezcla de un cierto modo en la seda y con el se forma el campo o flores de la tela, que se llama por esta razon briscada. Texer o hacer labores con hilo briscado

Agora, a serio, ficou algo claro?, certamente ainda que o texto sexa de principios do XIX o termo "tres altos" aparece com hiperbole no Quixote "brocados de dies altos" e em inventarios do século XVI e até de finais do XV. 
Sem embargo nesta definiçao relaciona-se mas o brocatel co damasco, que em nada se parez ao brocado, uma definiçao do dicionario Real da Lingua Portuguesa diz o seguinte

BROCATEL
Tecido da família do lampasso, feito de linho e seda, com relevo e avesso. // Tecido de seda e prata tirada à fieira parecido com o brocado. // Tecido adamascado. // Tecido caracterizado pelos efeitos de cetim em relevo e por efeitos de lassas de trama, ligadas por uma teia de ligamento. O emprego de uma trama de fundo de linho ou de cânhamo permite obter  usando ten- sões diversas dos fios da trama e da teia  relevos muito acentuados dos efeitos de cetim. 

Mas complicaças se couber compre pois mirar a definiçao moderna de damasco por ver se tiramos rem em limpo.

DAMASCO
Tecido de seda com desenhos acetinados em fundo não brilhante. Estofo de lã, linho ou algodão imitando o damasco de seda.  Tipo de tecido, que pela sua composição de efeito de fundo e efeito de desenho, constituído pela face teia e pela face trama de um mesmo ponto, tem a particularidade de ser reversível, apresentando numa das faces o fundo opaco e os motivos bri- lhantes e na outra o fundo brilhante e os motivos opacos. Técnica de produção de tecido.


Por aclararmos algo, o damasco sempre poderemos diferencia-lo do brocado pela sua reversibilidade, com resultados tão complexos como na anterior definição ou menos como nos damascos sevilhaos do renascimento e o barroco inicial que tendiam a ter uma face com losages de ramos frorais multicores e outra com um simples listado, de dous ou mais tonos, co tempo este listado, sobre todo pola perda de pigmentos facilmente degradaveis, pasava a ver-se no lado direito, por dar um nome, do tecido.  O brocado parez mas antiguo e descuida pelo geral o reves do tecido mentres que apila de maneira compleja as linhas da trama de diferentes sedas torzaes, torchoes de ouro e prata, pletinas destes mesmos metais etc, coneguindo efeitos de riqueza e fastuosidade que nao consegue o damasco, o chamado de tres altos é, pronto, o que aqui presentamos, de linhas de ouro e prata tendidas no campo e briscadas formando rizos que fazem bordados no tecido complementarios á urdime, sem ser super postos logo. As tecnicas de brocado de tres altos ou como ja chamamos ricchi ricchissimi, em vervas italinas, sao complejas e conlevam até a apariçao das maquinas Jaquard no XVIII regidas por targetas perforadas (so ouviron bem, tal como os computadores dos anos 70) verdadeiros segredos entre os gremios de tecedores orientais e da italia baijomedieval, os resultados mas fascinantes nao tinham precisamente um relevo especial, como se conseguiria no brocatel (podemos ver brocatel na atualidade em muitos forros de cadeiras e colgaduras lujosas) unicamente o briscado e escarchado nos tecidos mas custosos merecia este efeito de profundidade, mas obtinha-se em troques um aspeito de riqueza nao superado nim na atualidade, ha certos trabalhos que seriam difíceis de reproducir, assim como um campo resistente ainda que nao houver uma base de urdime entramada em celulosas como linho ou canhamo, usando, pois, so seda, e linhas de ouro e prata. 
A nivel fotografico podemos ver que o brocado tem mais e melhores carateristicas externas e brila mas antre a camara que o brocatel, o qual, sem menospresço, semelha de cote tecido de colchao.
O tema reconhezo-o complejo mas espero que algo quedara claro para tudos, espero de tudos geitos qualquer questiao que ocorres se vos poda.

Seguimos com cautela

Unicamente uma apostilha gráfica, mas uma fotografia do tecido em discussão e um primeiro intento de reconstrução do padrão do tecido num porcento maior para a sua leitura, semelha cada vez mais que se refere a um damasco com aplicações bordadas de tipologia mourisca mas grosso que o tissue e cercano ao lampas, do século XII ao XIII

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

So um inciso

   Antes de começar e pela minha parte e pelo meu risco a ler o tecido que resgatara do meu vecindario e que agora vos estou a presentar, optei por comunicar me com diferentes profisionais de casas de subastas, suponhendo sempre a sua competência para conhecer de algo do que não conhezia demais, não com opção de vender mas sim com interesse por a identificação dos tecidos que lhes apresentava em fotografia, a sua conclusao foi demasiado concluinte, sirva o redundante, para que acreditara em ela, tudos marcabam datas do XIX para adiante, bem é certo que todos foram dois, mas havia certos elementos que me façiam duvidar desta cronologia, e para esclarecer em eles primeiro foi preciso conhecer de primeira mão os brocados e damascos, lampazos e brocateis do XIX, tudos produto da revolucionaria Jackward que industrializara a finais do XVIII a confeiçao de lençóis de seda. Sobre tudo logo da recuperação de os modelos medievais e renascentistas logo da Escola de Artes Decorativas iniciada por Willian Morris, multitude de textis voltaram a tomar o patrão em losanges e o motivo da pomegranate ou flor sempre viva, um contacto direito com estes produtos do XIX aclara rápido qualquer duvida pêro em inicio estas surgem com facilidade. Após vereis como parte do terno a capa pluvial, esta esta composta duma senefa de damasco sevilhano quase destroçado, hoje recomposto com entre telas novas, de princípios do S. XVII, um capelo do mesmo damasco em melhor estado e orlado com flocos de torchao de ouro e galão de ouro francês duma data similar ou posse que algo anterior, e o que resultava mas incrível, uma peça, formada por unidade aproveitadas, de grande tamanho em damasco vermelho, com o típico motivo da frol e fruito do granado em losanges, ligeiramente posterior a mediados do S. XVI mas, seguramente anterior ao XVII, de grande tamanho e com uma magnifica preservaçao da cor e de posivel origem espanhol. Intacto además, facia dudar da sua antiguidade, o que levou a desmontar por completo a prenda para conhece-la na sua mas estrita intimidade, os resultados forom esclarecedores, pelas pontadas do galão, super posto ao damasco vermelho, também incluído no forro de linho encerado e claramente antigo, o desgaste do broche e as roturas do galão em certas zonas hoje recuperadas, livravam de duda a peza original enquadrando-a numa das mas e melhor conservadas mostras dos brocateis espanhóis do século XVI, ademais de tudo este complexo de dados, outra coisa mas se aportou com o estudo da capa, a completa incapacidade dos profesionais que trabalham na actualidade para as casa de subastas, mentres outros e outras bagamos perdidos sem trabalho, venha pois um aporte gráfico, unicamente há diferencias em alguma das fotografias obtidas de diferentes museus europeios no que eles chamam o Marriage, quer dizer a coroa que une os losanges que no nosso tecido se substitui por motivos florais, ainda que também estao presentes nos patraos renacentistas espanhoois como veremos.





As duas pertenecen á capa pluvial, mas numa altera-se a cor para facilitar a leitura, ainda que espero poder ofrecer fotografias melhores quando a restauraçao esteja pronta




Diferentes modelos españois do XVI

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O galao

Para começar combem recordar que seguimos a analisar unicamente a dalmática do terno que nos ocupará as próximas paginas, mas sem embargo há uma serie de elementos comuns que, necessitados duma mas detida atenção, servirão para o resto das prendas, assim pois a continuação procederemos a contemplar o uso do galão nos objectos litúrgicos baixo medievais. Não resulta precisamente comum ver este tipo de(bom....este parentese é preciso, pois não sabem, nem tenham por que saber que desde que comecei este post até hoje pasaram um par de dias, o certo é que estes meus blogues são não mas que um intento desesperado fronte a um mundo encaminhado á mas queijumenta das desidias, sem trabalho, num mundo inculto e que, o que é mas grave se se quer, que não quer conhecer nada novo e onde os jovens somos culpados de tudo, posse que para a genereçao que se dedicou a destroças nosso estado e agora escorre o vulto nunca chegue este blogue, realmente entranharia se souberam usar o computador mas que como arma arrojadiza, mas para mim, sumido neste pequeno caos de anarquia e indolência, e um orgulho por lhe-lo apresentar, e como diria nossa Olvido Gara são mas mil batalhas contra a pereça as que ganhamos a diário)  ornamento em prendas tanto eclesiasticas como civis; não há que confundir o galão propriamente dito e confeizoado geralmente por algum modo de encaixe coa senefa lavrada, tão comum no vestir popular galego com os chamados rodos; a senefa coberta com os  mas ricos bordados em torchao de ouro e prata, pasamans de metal, lentilhas de ourinho, recortes de panos super postos formando motivos, bordados a ponto de ojal e até pedras semi preciosas e pérolas agastadas mas mil e uma diabruras decorativas mas, presenta-se tanto nas eclesiasticas com motivos historiados como apóstolos ou santos patrões como nas civis mas dirigidas á simples harmonia formal sem ânimos iconográficos.
Estas senefas muito mas ampulosas e lavradas no mundo eclesiastico que no civil, não vam a tomar me muito tempo de analise quando menos de momento, nesta pintura espanhola do século XV de São Sevastiao e são Faviao podemos ver algo dos dous casos, no caso de são Sevanstiao a senefa da capa pluvial, logo sustituida pelos escapularios por chamar lhes doutro modo, parece ir orlada de galão ainda que não poderia dizer se for tal ou uma simples aplicação de encaixe, o resto mas do mesmo na época, esaxeraçao e grandiosismo, com lavrados em seda figurando santos e mártires, mas como poderes ver esta capa não tem tudo o jogo de galoes que nasceriam nestas datas para usos mas humildes. No outro persoagem as suas roupas civis de guerreiro amosa nos senefas na orla do saio mas não a qualidade e vistosidade que presentam outras como o retrato que já amosamos de Bronzino. O galão nasce provavelmente como um aporte decorativo mas terá a sua maior presencia quando se usa para encobrir as unioens de diferentes panos de tear sobre tudo quando o caudal economico não permitia desperdiciar tecido fazendo encaijar as figuras em el presentes. Após este toma o lugar de  decoraçoes mas amplias e complejas e da forma ás prendas engadindo estolas nas casulhas latinas quando ate o momento se figera com senefas e partes desaparecidas nas dalmaticas etc.

   Figemo-nos na figura central, leva casulha latina ou romana com estola de senefa, hoge em dia logo de Vaticano II estao muito em poupança, baijo dela mostra-se parte duma posivel dalmátiva orlada ao fundo com galao e dividida para crear seu esquema com senefas menores, o persoagem da esquerda porta tambem capa, mas cumas senefas que se achegam mas ao galao que a outra coisa e em el podemos ver claramente uma dalmatica de brocado de ouro tendido completada com galao.
Em esta imagem de Sao Vicente seguindo o século XV as dalmaticas vem-se abertas até mas ou menos o meio do corpo da preda, com um escapulario reduzido primando a riqueza do brocado e umas senefas labradas que ao chegar á sisa tornan-se galao cuma funçao meramente estructural.
Sao Baudelio, outro egemplo similar
E sao Martinho de Tours, aqui, com o seculo tambem, começamos a ver cambios, ja nao é uma dalmatica senao uma casulha latina, mas, atrevendo-me um bocado, as senefas laterais tenhem ja deijado sitio a simples (e nao tao simples) galao.





terça-feira, 7 de agosto de 2012

Reformas mas aparentes na dalmática

Ante todo compre saber que as dalmáticas medievais acostumavam a estar cerradas até a boca do colo, durante períodos posteriores tendeu-se a abrir cada vez mas o corpo das mesmas ata que se puderam por ao modo de manto ou casulha, uma analise superficial denota os cortes efectuados desde a sisa até o remate da faldra com reforços no forro exterior de linho encerado de cor granaste. Ademais ampliou se o escapulario que acostumava a ser de menor entidade exceptuando em prendas episcopais. A mudança mas importante encontra-se precisamente nesta parte da prenda, o tecido que deveu levar em origem aparece na estola e o manipulo baixo o que actualmente encontramos junto com os quadrados de cerre da capa pluvial, em eles estão presentes até 5 capas de tecido, uma de damasco ramado poli cromo, outra de damasco de dobre cara e com linhas de ouro, outra de damasco abrocadado mui deteriorada e submetida ao forro, outra de linho como entre tecido e por ultimo o forro granaste de linho encerado, do que falaremos no seu momento.

   Estes descobrimentos fam-nos supor a imagem original da prenda, mas a actual esta completada em boca mangas e escapulario por um damasco francês ramado com centros de flores multicor e folharasca e uma traseira listada, perfeitamente identificável nos últimos anos do século XVII ou os primeiros do XVIII. Este tipo de damascos pelo abigarrado do seu colorido e a multitude de linhas diferentes de seda de urdime com as que se confeizoaba, cadansua com diferentes tipos de tinte que respondiam de maneira tambem diferente á luz solar, acostuma digo, a presentar-se em muito mal estado de conservação, neste caso a dalmatica conserva uma leitura do plano decorativo mas as orlas da capa pluvial como veremos, estavam completamente esfarrapadas. Para assegurar a sua perdurabilidade e não tendo outro inferior que provavelmente foi retirado nas reformas, que resgatar, barajarom-se duas opções, uma repassar tudo o tecido sobre uma entre teia de trama grossa com ponto de restauração e linhas de seda e outra pegar uma entre teia autocolante ao enves do damasco. Desde logo a primeira é muito mas correta no que respeita a métodos de restauro, mas para nos um bocadinho demasiado monxil para um tecido de regular importância, ademais este método não aseguraba a total consolidação de todo o campo; o segundo privaria-nos de contemplar o revés mas realmente este tem pouco de importante e a consolidação final do tecido é total, pelo que se optou por este segundo sistema, a continuação apresento lhes o damasco dezaoitesco que preside as partes coloridas das prendas afeiando-as ademais, ainda que trataremos mas detalhadamente este pormenor, figem-se so nos nacos que se rescatarom nos ângulos do remate da estola e manipulo, poideram em parte ver a enorme diferencia que deveu haver no seu dia.

Terno eclesiástico

   Começaremos nossa andaina analisando um terno eclesiástico procedente do norte da Galiza, de uma paroquia rural e por se não estão acostumados, em concreto a Espanha. Como logo explicaremos os ternos componhem-se de varias prendas precisas para oficiar o sacerdote mas seus diáconos, geralmente quando um destes conjuntos estava fabricado em tecido de certa qualidade soia aproveitar-se até o final e inutilidade total do mesmo, incluso trocando com pequenas reformas a estética de cada prenda dependendo qual época se estiver a viver. Quando uma família nobre ou de capitães deixaba a sua igreja uma aniversária de missas pela morte de algum de seus membros era frequente que também entregaram pequenos presentes menores muitas vezes não referidos nos testamentos dela, entre eles estariam as colgaduras que engalanabam as paredes de seus paços, as cortinas de seus leitos ou prendas de prata ou ouro para que logo se invertera seu valor na confeiçao de objectos litúrgicos. Neste caso estamos ante uma das mas peculiares representações da mudança entre o período pre conciliar e o post conciliar. Para começar compre que possamos ler quando menos uma parte do tecido que compom as prendas principais, ainda que seja seguro que outra fora engadida a posterior. Em concreto estamos a trabalhar com uma base de brocado de seda carmesí, ouro e prata tendidos e rizados. Os motivos decorativos distribuem-se em losanges alternos unidos por grutescos renascentistas ou tardo góticos, cada losange perfila-se com uma orla de escaques em dourado que encerra um froito de granado resaltado con rizo ou bucle de ouro e prata. Após ofereceremos visoes microscopicas de cada tecido pois este será o denominado tabby no léxico britânico Pela qualidade da representaçao dos motivos bem pudéramos supor que é italiano, mas o revés da um aspecto de trama descuidado mas próprio das produções sevilhanas, esta parte compre manter a em dubida pelo momento. Cronologicamente, ao contrario dos damascos afroitados monocromos deste período, não oferece muitas duvidas, poderíamos encadra-lo entre 1400 e 1550. Pessoalmente considero que tende mas a seguir modelos goticos com um tipo de grutescos que nem chegam de cerca á folharasca barroca nem aos desenhos ampulosos renascentistas do XVI, pelo qual achegaria-o mas ao 1450, período no que provavelmente a paroquial que tratamos aparece no mapa, desplazando a sua situação de zonas mas altas ao lugar em concreto donde se topa; não podemos descartar que fora traído destas anteriores, sobre tudo por uma serie de descobrimentos que após enunciaremos feitos ao desmontar as peças para a sua restauração.


Neste momento apresentamos a dalmática do terno para dar começo ao seu estudo, compre que además das imagens apartadas podamos ver alguma procedente doutras fontes para poder comparar, mas o interessante deste tecido em particular é que não se topou de momento nada idêntico, observem sem embargo um par de instantâneas procedentes das coleçoes do Metropolitan de New York, uma em cor muito sinificativa e outra em branco e preto também interessante


Este tipo de tecido denominado na Itália medieval Ricci, riccissimi; pode se ver em multitude de retratos contemporaneos, muito na pintura flamenga que ademas aporta grandes detalhes, e, em concreto resulta, repetitivo o uso o retrato de Broncino de mediados do XVI feito a Eleonora di Toledo e suo figlio Giovanni
   O uso das cores branca e preta no brocado (veludo, não se percebe bem) fazem mas gravosso incluso o textil ainda que a base decorativa seja identica, para começar vai bom, pois logo teremos que desmembrar cada peça em peçinhas menores para ver as mudanças que o tempo trouxo a estas magnificas e posse que únicas prendas, entre outras o próprio damasco do escapulario, mas perto do século XVII ou XVIII que do XV, pero será sorprendente espero para todos como debaijo deste trampantojo apareçeu em algum lugar dous damascos diferentes, um possivelmente reaprobeitado e colocado em origem de pobre manufatura mas de seda e abrocadado cercano ao século XIII e outro contemporaneo ao brocado vermelho de seda e ouro a dobre cara e com motivos de grutescos proprios do XVI, mas este é outro cantas que apresentaremos logo.


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Começe-mos

   Espero seipam perdoar-me por excesso posse que de orgulho, mas preferi começar este bloge com uma fotografia dum tecido da minha propriedade, com ele intentarei ademais fazer-lhes entender o complexo do nosso trabalho de aqui em adiante, Digo nosso, pois entendo que ao compartir com todos vozes a informação que proseio espero também ajuda da sua parte, pois este como parte das chamadas artes menores, não deija de ser um tema muito controvertido e apenas abordado por estudiosos e estudiosas do nosso passado criativo. Francamente em algumas ocasiões flutuará entre a arte mas complexa e elaborada e a etnografia. Este caso que lhes apresento estudarei no, ou melhor estudaremos o (espero da sua complicidade nesta aventura) mas adiante, só adiantar-lhes que é um brocado de seda muito fino, com motivos de ananás ou palmetas em losanges e linhas que se entrecruçam para formar cada espaço lavrado mas um complicado jogo de alturas no uso dos lizos do tear com flores de quatro petalos bordadas aparte. Tendo em conta de onde procede o mas razoável seria data-lo entre o século XIV e o XVI, de manufatura espanhola ou italiana, mas a distribuição dos motivos principais fam-nos duvidar, quanto menos a mim, já não de algo posterior senão de algo muito anterior; veremos pois se obtemos entre todos um resultado. Como podem ver este é um bloge com nome, eu chamo me Roberto Reigosa Mendez e são doutor em historia do arte, interesso por elementos menores, ou considerados menores pela historiografia artística oficial mas que para mim marcam não só importantes foseis directores senão a relação entre a riqueza e o povo em cada zoa onde aparece um resto ainda tangivel desta nossa subcultura. Posse que nos topemos com multitude de surpresas e ainda que em muitos casos eis ter que tirar de fotografias e estudos pertencentes a fundos museisticos de coleiçoes e exposições publicas e privadas, no meu animo esta presentar dados novos, que espero sejam rebatidos; francamente, agora que já acordamos e sabemos que Internet não serve para começar revoluções, posse que nos ajude a compartir conhecimentos que o devidos tempos nos que nos tocou viver gosta de privar nos de aceso algum a eles, for por motivos económicos ou por a direita inexistência de caudal dirigido á investigação destes. Junto com este bloge, podem também aceder a outro da minha pessoa referido á cerâmica do medievo, ultimamente anda algo descuidado mas prometo retomar pronto posições nel e ao mesmo tempo começa-las neste. De momento nada mas que dizer, obrigado a quem se interesar e a quem colaborar e espero que pronto começemos a conhecer-nos melhor tudos os que amamos algo tao esqueçido como o arte, em tudas as suas facetas.