Ante todo compre saber que as dalmáticas medievais acostumavam a estar cerradas até a boca do colo, durante períodos posteriores tendeu-se a abrir cada vez mas o corpo das mesmas ata que se puderam por ao modo de manto ou casulha, uma analise superficial denota os cortes efectuados desde a sisa até o remate da faldra com reforços no forro exterior de linho encerado de cor granaste. Ademais ampliou se o escapulario que acostumava a ser de menor entidade exceptuando em prendas episcopais. A mudança mas importante encontra-se precisamente nesta parte da prenda, o tecido que deveu levar em origem aparece na estola e o manipulo baixo o que actualmente encontramos junto com os quadrados de cerre da capa pluvial, em eles estão presentes até 5 capas de tecido, uma de damasco ramado poli cromo, outra de damasco de dobre cara e com linhas de ouro, outra de damasco abrocadado mui deteriorada e submetida ao forro, outra de linho como entre tecido e por ultimo o forro granaste de linho encerado, do que falaremos no seu momento.
Estes descobrimentos fam-nos supor a imagem original da prenda, mas a actual esta completada em boca mangas e escapulario por um damasco francês ramado com centros de flores multicor e folharasca e uma traseira listada, perfeitamente identificável nos últimos anos do século XVII ou os primeiros do XVIII. Este tipo de damascos pelo abigarrado do seu colorido e a multitude de linhas diferentes de seda de urdime com as que se confeizoaba, cadansua com diferentes tipos de tinte que respondiam de maneira tambem diferente á luz solar, acostuma digo, a presentar-se em muito mal estado de conservação, neste caso a dalmatica conserva uma leitura do plano decorativo mas as orlas da capa pluvial como veremos, estavam completamente esfarrapadas. Para assegurar a sua perdurabilidade e não tendo outro inferior que provavelmente foi retirado nas reformas, que resgatar, barajarom-se duas opções, uma repassar tudo o tecido sobre uma entre teia de trama grossa com ponto de restauração e linhas de seda e outra pegar uma entre teia autocolante ao enves do damasco. Desde logo a primeira é muito mas correta no que respeita a métodos de restauro, mas para nos um bocadinho demasiado monxil para um tecido de regular importância, ademais este método não aseguraba a total consolidação de todo o campo; o segundo privaria-nos de contemplar o revés mas realmente este tem pouco de importante e a consolidação final do tecido é total, pelo que se optou por este segundo sistema, a continuação apresento lhes o damasco dezaoitesco que preside as partes coloridas das prendas afeiando-as ademais, ainda que trataremos mas detalhadamente este pormenor, figem-se so nos nacos que se rescatarom nos ângulos do remate da estola e manipulo, poideram em parte ver a enorme diferencia que deveu haver no seu dia.
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