terça-feira, 11 de setembro de 2012

continuaçao

Mas vale tarde que nunca, e aqui estamos de novo para continuar com a analise descritiva e intuitiva dos motivos desenrolados num campo de tecido segundo o livro já citado, antes do Jackard, (algum dia veremos como diferenciar um tecido Jackard dum manufaturado de tear) antes de continuar, e tendo em conta que deixamos este capitulo nos modelos mozárabes e muslines baseados na simetria tanto global e integral como particular, convém que façamos um pequeno parêntese para amossar e quando menos aclarar os termos principais que estamos a usar, para elo tomaremos uma fotografia dum brocado de três altos do século XVI ampliada 400x e na que por suposto, perderemos, sem poder evita-lo parte da vissao global do mesmo mas espero que coa costume que suponho já terão desenrolado não se lhes vai fazer complexo entender os termos dentro do seu tudo.

Cada parte corresponde a um resultado final que em vissao geral aporta-nos algo tanto como assim.

Bom, após este parêntese meramente ilustrativo, imos logo de novo a analisar os motivos que sob o campo se distribuem, como e com que origem.

Coa chegada do gótico a Espanha chegaram também as tradições italianas de origem bizantino e por o  tanto oriental, resulta dificil concretar se os primeiros veludos com brocado em rama de árvore e motivos circulares são de origem local ou de influência externa pois realmente esta é a mesma em muitos casos, Estes Veludos mantenhem-se como moda principal até bem entrado o século XV e perduram parte do XVI a conviver com estruturaçoes mas renascentistas e menos arabizantes (sirva a palavra) . Exemplos temos multitude tanto em restos de ternos eclesiásticos ainda conservados (os menos) como em pintura flamenga europeia ou espanhola

Estes desenhos parcialmente asimetricos, mas onde a assimetria verá-se unicamente no particular e não no global, trunfam desde  o S. XIII nas suas postrimeirias até o XVI, também contemplamos o desenrolo do bordado espanhol, em metais e sedas presente nos escapularios e nos faldoes e boca mangas do que já teremos tempo de falar ao presentar elementos originais, que ao estar em privado poderemos estudar mas a detalhe, o jogo entre ouros e veludos cortados como e costume de se lhe chamar resulta muito comum nestes tempos e podemos ver mostras desde em retratos da corte dos RR CC até em pintura dos irmaos Van Eick. Desde logo o século XIV marca o seu momento de esplendor e o XV as datas em que começam a tomar elementos orientais como a anana ou a granada.
Muito se tem falado da falta de esquema matemático na distribuição dos motivos no campo destes textiles, motivos que parecem não ver-se encerrados por nenhum tipo de caixa e continuar indefinidamente a modo de lineais ramas de árvore ou matoso, algo nos tinha adiantado a sedaria mourisca duma próxima desconexiao dos elementos que conformam o campo, mas sempre mantendo uma simetria fácil de considerar, neste momento poderíamos até ver uma carência dela, semelhando-se mas ás composiçoes  barrocas portuguesas do século XVII que ás que rematabamos de deixar umos anos atrás. Pela minha parte não estou de acordo com tal pronóstico, pois simplesmente estamos a olhar uma imagem mas genérica do que para um mundo em transformação seria a geometria, se consideramos descompensados os motivos que podemos contemplar, também deberiamos fazer o mesmo com os pilares e baquetoes das catedrais góticas que são não mas que reproduções em plano das nervaduras que conformariam as complexas vobedas de cruceria, e os mantos de cortina de coberturas e lumieiras de portas, assim as agulhas de um gótico radiante caminham já não como resultado de remates decorativos de complexas estruturas sustidas por não menos complexos calculos matemáticos, senao como simples jogos de envelecemento dum arte que já estava a ser dominado por completo e so requeria dum requintamento proprio do barroco após do renascimento. As sedarias tardo mozárabes em veludo cortado e ouro não são mas que os vitrais dum ejercicio supremo de arquitetura textil, que pronto tornaria a sua vista ao desenho de motivos decorativos lavrados, como o faria o manierismo e o plateresco na Espanha, esquecendo a ainda sobriedade e equilibrio dum gotico final.