terça-feira, 7 de agosto de 2012

Terno eclesiástico

   Começaremos nossa andaina analisando um terno eclesiástico procedente do norte da Galiza, de uma paroquia rural e por se não estão acostumados, em concreto a Espanha. Como logo explicaremos os ternos componhem-se de varias prendas precisas para oficiar o sacerdote mas seus diáconos, geralmente quando um destes conjuntos estava fabricado em tecido de certa qualidade soia aproveitar-se até o final e inutilidade total do mesmo, incluso trocando com pequenas reformas a estética de cada prenda dependendo qual época se estiver a viver. Quando uma família nobre ou de capitães deixaba a sua igreja uma aniversária de missas pela morte de algum de seus membros era frequente que também entregaram pequenos presentes menores muitas vezes não referidos nos testamentos dela, entre eles estariam as colgaduras que engalanabam as paredes de seus paços, as cortinas de seus leitos ou prendas de prata ou ouro para que logo se invertera seu valor na confeiçao de objectos litúrgicos. Neste caso estamos ante uma das mas peculiares representações da mudança entre o período pre conciliar e o post conciliar. Para começar compre que possamos ler quando menos uma parte do tecido que compom as prendas principais, ainda que seja seguro que outra fora engadida a posterior. Em concreto estamos a trabalhar com uma base de brocado de seda carmesí, ouro e prata tendidos e rizados. Os motivos decorativos distribuem-se em losanges alternos unidos por grutescos renascentistas ou tardo góticos, cada losange perfila-se com uma orla de escaques em dourado que encerra um froito de granado resaltado con rizo ou bucle de ouro e prata. Após ofereceremos visoes microscopicas de cada tecido pois este será o denominado tabby no léxico britânico Pela qualidade da representaçao dos motivos bem pudéramos supor que é italiano, mas o revés da um aspecto de trama descuidado mas próprio das produções sevilhanas, esta parte compre manter a em dubida pelo momento. Cronologicamente, ao contrario dos damascos afroitados monocromos deste período, não oferece muitas duvidas, poderíamos encadra-lo entre 1400 e 1550. Pessoalmente considero que tende mas a seguir modelos goticos com um tipo de grutescos que nem chegam de cerca á folharasca barroca nem aos desenhos ampulosos renascentistas do XVI, pelo qual achegaria-o mas ao 1450, período no que provavelmente a paroquial que tratamos aparece no mapa, desplazando a sua situação de zonas mas altas ao lugar em concreto donde se topa; não podemos descartar que fora traído destas anteriores, sobre tudo por uma serie de descobrimentos que após enunciaremos feitos ao desmontar as peças para a sua restauração.


Neste momento apresentamos a dalmática do terno para dar começo ao seu estudo, compre que además das imagens apartadas podamos ver alguma procedente doutras fontes para poder comparar, mas o interessante deste tecido em particular é que não se topou de momento nada idêntico, observem sem embargo um par de instantâneas procedentes das coleçoes do Metropolitan de New York, uma em cor muito sinificativa e outra em branco e preto também interessante


Este tipo de tecido denominado na Itália medieval Ricci, riccissimi; pode se ver em multitude de retratos contemporaneos, muito na pintura flamenga que ademas aporta grandes detalhes, e, em concreto resulta, repetitivo o uso o retrato de Broncino de mediados do XVI feito a Eleonora di Toledo e suo figlio Giovanni
   O uso das cores branca e preta no brocado (veludo, não se percebe bem) fazem mas gravosso incluso o textil ainda que a base decorativa seja identica, para começar vai bom, pois logo teremos que desmembrar cada peça em peçinhas menores para ver as mudanças que o tempo trouxo a estas magnificas e posse que únicas prendas, entre outras o próprio damasco do escapulario, mas perto do século XVII ou XVIII que do XV, pero será sorprendente espero para todos como debaijo deste trampantojo apareçeu em algum lugar dous damascos diferentes, um possivelmente reaprobeitado e colocado em origem de pobre manufatura mas de seda e abrocadado cercano ao século XIII e outro contemporaneo ao brocado vermelho de seda e ouro a dobre cara e com motivos de grutescos proprios do XVI, mas este é outro cantas que apresentaremos logo.


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